quinta-feira, dezembro 26, 2019

mais um dia 26

Por mais dias que passem, esse dia pra mim sempre será o mais nostálgico do ano. 
Dia 26/12 sempre irei lembrar de tudo e sentir uma dorzinha bem de leve causada pela saudade do que foi e não é mais. E é exatamente essa sensação que me faz ter a certeza de que tudo foi real, até tudo acabar. 

domingo, novembro 10, 2019

Fui até a bera do abismo e bambeei lá por anos, olhando para o fundo como se fosse atraente e me chamasse para pular, sem ao menos saber se o fundo seria seguro. Vivia atingida por ventos que me balançavam de frente pra trás, como uma grande gangorra, uma dança irregular que eu nunca soube os passos ao certo. 

Dei dois passos recuando, sem saber se aquilo era salvação ou suicídio, fui cambaleando como se por um momento estivesse perdendo os movimentos das pernas, mas na verdade meus pés pesavam 1 tonelada e cada passo exigia de mim toda força e energia para sair da beira do abismo. 
Quando levantei meu rosto e me vi longe o suficiente, senti como se cada parte do meu corpo doesse com o esforço, como se tivesse sido obrigada a correr 20km, ida e volta, sem nenhuma preparação, sem nenhuma experiência, e o pior, sem vontade. 

Você me prometeu amor, me prometeu segurança, verdade e felicidade. Eu recebi migalhas parceladas de cada um desses, esperava como se fosse a minha única maneira de viver plenamente, como se fosse a única alternativa. Fechei os olhos para a realidade, me deitei numa cama dura e fria na qual você me pós para dormir.  Dancei uma música que só você conhecia e me movia de acordo com os seus pés, onde eles me levavam, quando me giravam e quando me jogavam para longe, apenas para me puxar de volta, ainda mais perdida do que no início, enquanto você fazia acreditar que eu não aprendia por não me dedicar o bastante, não querer o suficiente, não amar o quanto era necessário. 

Você me prometeu o mundo, a lua, ser o meu sol, me esquentar. Assim te transformei no centro de tudo, como se minha vida orbitasse em torno do que você era e queria que eu fosse, ditada pelo seu humor, pelo seu querer, pelo seu amor, e, consequentemente, pelas suas mentiras. Por ser mais você do que eu, me odiei tantas vezes, me pus a culpa de coisas que eu deveria saber que não dependiam de mim, sobre as quais eu não poderia ter controle. Eu fui tanto e tentei sempre ser mais, me perdi e andei sem rumo por anos, sentindo o vento mas sem conseguir realmente respirar, uma falta de ar que me acompanhou até o último momento, até depois que caminhei para longe. 

Ao fim, finalmente entendi, foi no meu adeus que realmente me encontrei e reconheci. Precisei desisti dos passos de dança que eu nunca conseguiria acompanhar, me afastar da beirada, não pular, não me entregar, não cegar. Eu precise me sentir completamente vazia, sozinha e sem propósito após te deixar, para entender como é ser realmente eu, sem suas amarras, sem suas mentiras, sem cambalear. Eu precisei te deixar e perder para aprender a me amar.  

quinta-feira, outubro 10, 2019

Quando eu passei a me satisfazer com migalhas, com pedaços, com meios sentimentos?
Todo meu corpo vibra por um sentimento arrebatador e recíproco, por algo que me tire do chão, mesmo me dando segurança.
Tô aceitando condições, indecisões, metades. Consequentemente não consigo sentir e agir com tudo em mim, me fecho e todos os meus medos revivem e apertam meu pescoço até me faltar o ar e coragem. Coragem de me livrar do que eu quero e correr atrás do que eu preciso, eu preciso de paz.
Que o passado finalmente se cure, não permaneça como um quebra cabeça que falta uma peça e incomoda pelo simples fato de estar incompleto. Um passado que, ainda, machuca, que exige tudo de mim todos os dias pra não basear minhas ações em tudo que deu errado um dia.
Na mão levantada, na mentira contada, no toque indesejado, na humilhação.
Como fugir da parte que sou eu?
Como não partir meu coração toda vez que dar mais um passo pro vazio, dando voltas e voltas no mesmo ponto. Completamente estagnada no mesmo resultado, apenas com processos diferentes. De que me adianta, se no fim, continuo quebrada.
Eu grito por dentro de exaustão, de frustração, de tristeza e me pergunto: o que mais eu tenho a viver, se no fim, tudo acaba?

domingo, julho 21, 2019

Esse aqui é o meu adeus pra o amor que eu não consigo sentir mais.

Esperei tua mensagem dia 19 até às 00h, qualquer coisa, qualquer sinal de que ao menos um pouco de consideração ainda existia. Nada. Esse último mês me fez refletir muito, e colocar os meus sentimentos finalmente em primeiro lugar. Eu, depois de todo esse tempo, criei coragem suficiente pra parar de me lamentar e abrir as portas da minha vida pra enfim viver algo novo. Acho até que tô me apaixonando, o que me dá medo, surtos de madrugada e me faz ter vontade de correr pra longe. Tudo isso, ainda assim, deixa você, a gente, isso tudo mais e mais pra trás, e pela primeira vez em tempo, eu fico feliz com isso.
Não receber nem um parabéns seu no meu aniversário só confirmou o que eu já sabia, a vida é pra frente, nunca pra trás. Eu insisti durante esse ano inteiro pra manter uma lembrança, um romance que já acabou e que não me faz mais bem. A quem eu quis agradar?  Acho que eu só tava com medo de dar, enfim, passos pra frente, doidice, né? Tava com medo de te deixar pra trás e acabar esquecendo de quem eu fui. Não sei se por saudades de você ou realmente de quem eu era quando amava você. Mas lembrar me prende e sufoca, lembrar me barra de viver, lembrar me faz ter medo.
Não tenho raiva de você, tive no início, todas as noites que chorei até não ter mais o que cair dos olhos. Tive raiva todas as vezes que não consegui viver algo plenamente por estar constantemente presa na teia que você construiu pra me prender e me fazer pensar que pro meu futuro só existia você. Você me feriu mais que qualquer um, mas no fim, eu me feri mais do que todos. Todas as vezes que me forcei a te lembrar, que vim nesse blog declarar sei lá mais o que que eu nem sinto. A verdade é que eu nem sei mais se te amo ou se amo o que fomos. Amor sobrevive depois de tudo? Amor se mantém ou só a lembrança do que ele foi vive?

Talvez eu nem te ame mais mesmo, talvez eu só ame o que eu projetei que seríamos, e seríamos.

Uma boa morte ao nosso amor, o meu por você, o seu por mim.

quarta-feira, julho 17, 2019

Stone cold, yet.

Minhas mãos tateiam por uma saudade que me matava, por um desejo que era maior do que eu, por uma dor que latejava.
Eu finalmente fui embora e agora parece que ficou um buraco vazio enorme, que costumava ser preenchido com a alegria que amar me trazia.
Deixei tudo ir embora.
Me esvaziei.
Me endureci.
Meu coração queima, mas não queima mais por aquele amor. Esperei tempo demais para ir embora e agora colho os frutos de ter sido sugada até o fim, de ser desgastada até o último fio de sentimento.
Acabei aqui, sentada, chorando, mais uma vez, sentindo o peso de ser toda quebrada. Continuo aqui, ouvindo o chuveiro pingar e sem entender como me tornei tão oca.
Por mais passos que eu dê para frente, mais o passado me segura como uma âncora inquebrável, invisível, mas que vez ou outra me lembra de ter medo. Me lembra de evitar a todo custo esse tal de amor, não me deixa esquecer o quanto machuca, quebra e queima. O quanto acabou comigo. Até hoje.

quinta-feira, julho 04, 2019

Fria, mais uma vez. Tento a todo custo sentir de novo, querer de novo sem medo de me partir em um milhão de pedaços, os mesmos que você espalhou por aí mais de uma vez.
Mas se você está feliz, quem sou eu então?
Quem sou eu, quem eu fui pra você? Uma linha torta, uma página rabiscada que não servia para versão final. Talvez eu nunca tenha servido. Eu nunca fui certa, perfeita. Mesmo nos "melhores momentos" eu era errada em algo que você fazia questão de jogar na minha cara. E eu estou bem comigo hoje, eu estou bem com quem eu me tornei, mas isso não é suficiente pra você segurar minha mão. É o suficiente para você entrar num quarto de motel comigo, fingir que sou eu a escolhida, quando no fim, eu volto ao posto que você sempre me colocou. Sempre incompleta.
Você não vê o que fez/faz comigo. Eu não vou ser boa o bastante na sua cabeça, seja eu quem for, ou onde esteja. Eu cresci, consegui um emprego, me tornei mais responsável do que jamais fui, me tornei compreensiva, te ouvi e te dei minha mão. Ainda assim, nunca suficiente. Eu cresci, apareci, gritei. Mesmo assim, ainda não era eu.
Então, por fim, eu entendi. Nunca serei eu, sempre vai ter alguém melhor, sempre vai ter um defeito em mim que você usa como barreira pra não ficar. Sempre vai ter um ponto na minha vida que te desagrada e que você vai falar a plenos pulmões que é isso que te faz passar e ficar em todos os braços, menos os meus.
Quem fui eu, então? Quem eu fui pra você na semana passada? No mês passado? Durante todos esses anos?
Isso não é amor. Isso é abuso, é cruel, é mal. Por você eu fiz tudo que pude, fui até onde consegui. Eu me quebrei inteira, doeu partes de mim que eu nem sabia que poderiam doer. Eu corri tanto tanto pra manter tudo de bom que eu tenho de você em mim. Nao imaginei que seria fácil, mas ninguém nunca me disse que seria tão difícil, que certas cicatrizes são tão fundas que por mais passos pra frente que eu dê, sempre sinto um peso me puxando pra trás. Não mais. Não quero mais, quero me ver livre de você, disso tudo, dessa história que só me coloca pra baixo, na estaca zero. Me faz ver o mundo por uma perspectiva distorcida e me faz olhar no espelho e me ver pequena, murcha, insuficiente. O que diabos eu tenho que fazer para finalmente ser a perfeita nos seus padrões? Eu nunca fui. Não pra você.

E é por isso que eu estou indo, de hoje pra sempre
De uma vez por todas.
Não por você, mas, finalmente, por mim.
Uma boa vida.

sábado, junho 22, 2019

I miss you more than I loved you

Por mais que eu soubesse todo esse tempo que éramos feitos para acabar, não sabia que doeria uma segunda vez, mais uma vez, ver você virando as costas, mais uma vez você indo sem me dar nenhuma explicação, como era antes.
Eu me protegi de todos os lados para não machucar mais, mas eu não consegui parar dessa vez. Mas eu gostaria de dizer, que agora eu sei que eu não poderia ter amado alguém mais, mas minhas pernas estão bambas, meu coração dói, minhas mãos soltam o que um dia já foi tudo pra mim.

O beijo perfeito, o abraço mais apertado, perfeito demais para não acabar. Mas eu me amo o suficiente para saber que eu não mereço, não mereço ficar em uma encruzilhada, na sua dúvida, no seu vai e vem de sempre. Anos vem e vão e eu ainda estou na sua teia, nos seus jogos, nas suas indecisões. E talvez você nunca sinta um terço de tudo que me fez nesse seu jogo de 'nao sei o que eu quero. Se é você, se é ela. Se é isso ou aquilo' e você não tem a força e coragem suficiente pra decidir se vai ou se fica. Pelo ao menos eu me levanto e vou, sei onde não me cabe mais. E a verdade hoje é que talvez eu sinta sua falta mais do que te amei.
Nós fomos feitos para o adeus.

sábado, maio 04, 2019

Pra onde vai o amor quando deixa de ser amor?

O que é o amor, então, após esses vinte três anos?
Amor é alguém? amor é um momento, uma vida? amor é só uma sensação, um estado de espírito?
Para onde vai o amor, afinal, quando chega um novo amor? um outro amor.
Para onde fui eu depois de tudo, depois de perder, crescer e mudar. Minha carne luta todos os dias, ela anda, come e vê; ela pensa, quer e faz, e ainda assim, não cheguei ao fim do labirinto que o 'amor' me colocou. Ser movida por ele foi o fundo do poço e a redenção em vários momentos da minha vida. Já quis correr e gritar a plenos pulmões, viver em um momento, em um abraço, em um olhar, mas nesse momento... nesse momento sinto o vazio que antes era preenchido por não sei o quê. Por não conseguir saber o que perdi, nunca conseguirei recuperar.
Passo de braços em braços, bocas em bocas sem saber ao certo o que procuro, mas querendo desesperadamente sentir de novo. E cada fio de frio que vem no meu estômago me parece ele, me parece amor, mas é só uma vontade incontrolável de voltar a ser a antiga eu. Eu tinha uma força motriz, eu amava e amava amar, era movida à frente pelo arrepio que subia pela espinha, pelo suar das mãos e as palavras poéticas que saiam pelos meus dedos todas as vezes que eu escrevia. Hoje só saem melancolias, solidão e, como de esperado, um pouco de tristeza. Sou quem talvez eu queira, mas não cheguei onde esperava estar nesse ponto da minha vida. E novamente eu pergunto, para onde foi o meu amor? Para onde vai o amor depois que não o sentir mais em mim?
Será que voltarei a sonhar, cantar, gritar a plenos pulmões, o arrepio no braço, o frio na barriga, as metáforas, a felicidade, o amor...
No fim, por mais forte e independente que me faça, sinto falta de me apaixonar, de tudo em mim agir em favor daquele sentimento, de chorar, beijar, suar, segurar as mãos e ouvir 'o amor' falar meu nome bem no pé do meu ouvido, de novo e de novo. Sinto como se o tempo passasse rápido demais e eu perdesse tudo, como um cigarro que rapidamente queima e, além de me matar por dentro, acaba antes que eu se quer perceba. Me dá uma falsa sensação de felicidade momentânea, e destrói tudo que demorei todo esse ano para levantar, em cima de um amor que não deu certo.
Amor amor amor, superestimado sentimento que talvez nem exista, seja só mais uma construção que faz com que eu chore por não ter mais, por não alcançar, não segurar com firmeza.
Eu sinto falta dele, todos os dias.

domingo, abril 21, 2019

Saudade

Eu tentei. Eu tentei todos os dias desde o adeus. Tentei entender o por quê do meu não, do meu constante não quero. Venho tentando entender o tempo  e o quanto ele passa e leva a lembrança dele embora como poeira ao vento.Tantas noites tentando ser alheia a tudo e ao mesmo tempo tentando pensar em formas de justificar a minha escolha.
Sinto falta de cada parte de você que me fazia me sentir mais eu, mais mulher, mais plena. Sinto falta de te olhar a noite e te ver tão lindo e tão meu, sentir aquele calor do coração e a sensação de paz que o teu amor me trazia.
Sinto falta de te amar puro, intenso e constante. De querer teu toque e ser por você, ter amor e ser amor.
Sinto saudades de te sentir por mim, comigo, de pegar na tua mão e acariciar os teus dedos. Saudades de ouvir tua voz ao telefone falando "eu te amo" só mais uma vez, só até eu cansar.  Eu nunca me cansaria.
Sinto falta de ter você como pensamento constante do dia, do acordar ao adormecer, só havia você.  Você brilhava, reluzia nos meus sonhos, dava cor a tudo ao meu redor. Minha vida tinha cara de festa com você nela.
Saudades de acordar de manhã e preguiçosamente preparar o teu café ouvindo você falar que eu dormia demais e demorava horas para terminar de preparar tudo. Saudades de como revezavamos com a cozinha e os pratos para lavar. Saudades do nosso sexo na mesa, no sofá, na sala, no banheiro, na cama, no chão, na cadeira... saudades do nosso amor.
Sinto falta da sua mao pesada em torno do meu corpo, da sua saliva que aquecia minha boca, do teu gosto e da tua força.  Saudades de falar baixinho teu nome no teu ouvido, só para ter certeza de que você sabia que era exatamente você que eu queria ali. Saudades de você deitar no meu peito e sempre reclamar que eu dormia logo após, mas mesmo assim sempre manter o mesmo ritual. Sinto falta do nosso sexo ao som daquela música que fazia nossos corpos se moverem sozinhos, numa sintonia absurda, num ritmo só nosso.
Sinto tanta a sua falta que chega a doer forte todas minhas entranhas.
Sinto falta de como minha cabeça encaixava perfeitamente nas suas costas, como lá era quente e tinha cheiro de lar. Eu só encostava ali e sentia toda calma e paz que o teu amor me proporcionava.
Saudade das nossas brigas, de como você lutou por mim, por nós.  De sentir o quanto nós dois queríamos fazer aquilo dar certo, tentamos até onde não deu e ainda além, e eu fui a desistente. Eu morri na praia, bem no raso. Perdi a coisa mais vivida, real e concreta que eu já tive.
Tudo que vir após você parece poeira, parece bobo demais para ser nós novamente. Nada se compara ao quanto eu consegui te amar e ser amada por você, nada se equipara ao tamanho da felicidade que você me proporcionou só por  ser recíproco, só por me amar de volta e aceitar cada parte minha. Eu sou tão você, que seria impossível te apagar de mim.
Não sei como pude te deixar, não sei como deixar a saudade de nós para trás.  Não sei como te deixar pra trás, se tudo em mim é um pouco de você

For your another - new - love.

A vida segue seu curso, segue seu rumo e é tão imprevisível quando a água que corre num rio.
Meus sentimentos são fluídos, e isso perturba meu sono, tira minha paz, não me traz certeza de nada. Então eu me pergunto "você não vê que o amor está em você?". E talvez esteja, mas não nego que perdi parte dele no dia que deixei o sol ir.
Brinquei com as peças, tirei, movi, realoquei. Brinquei com a minha e a sua vida, sei que no mundo não há mais tempo para o que fomos, as cinzas nos seus olhos me dizem isso. Mas eu precisava escrever mais um, apenas mais um para você.
Convivi com um vazio que tentei preencher desesperadamente por tudo que vi no meu caminho, tentei me apaixonar, tentei amar, tentei querer e até sofrer. Nada se compara. Apenas mais essa noite estou me permitindo sentir tudo que reprimo há um ano, me deixo sentir você escapando pelos meus dedos, você escorregando de mim como água. Tudo culpa minha.
No fim, tudo foi sobre nos, como começamos, como vivemos, como terminamos e voltamos inúmeras vezes, e agora preciso fazer isso por você, só mais uma vez.
Na sua vida não deve ter mais espaço para os meus problemas, meus dramas, minhas indecisões, meu meio querer agora, não querer depois.
Eu vou fazer isso por mim, preciso parar de me sabotar como se tudo na minha vida ainda girasse em torno de uma vida que eu tive e que eu sei que não me cabia, me apertava, me sufocava, eu menti pra mim. Eu menti pra mim quando disse que talvez conseguisse seguir bem sem você, menti pra mim quando disse que amor era criação para criança, que isso não existia e acabava.
Não acabou e é exatamente isso que ainda aqui e  agora acaba comigo. Te ver em outros braços dói, te imaginar amando outra alguém igual ou mais do que me amou, dói. Não estava preparada para o dia que não seria mais eu, não seria mais os meus beijos que te deixariam bem. Eu quero chorar, mas ao mesmo tempo eu tenho sede de amar, mesmo que dói.
No meio de todo esse turbilhão, você merece um novo amor, um bom amor, que não venha carregado de passados, bagagens emocionais, que te dê certezas, essas que eu não e dei e nem te dou.
A unica certeza que eu tinha e terei sempre é que foi o mais real que eu vivi, foi meu, foi nosso e eu vivi com todas as partes do meu corpo, eu te quis até agora. Todos os dias.
Pra sempre.

sábado, janeiro 12, 2019

Foi raro

Esses sentimentos costumavam me confundir, embaraçar meus pensamentos, a mistura de saudade e vontade de ter de volta. Ou eu achava que era.
No fundo sempre foi gratidão. Gratidão pelos dias frios nos quais você me abraçou com força e aqueceu cada parte de mim, respirando quente e forte no meu cangote. Gratidão por me fazer sentir tão amada, como se nada no mundo pudesse me atingir, como se eu fosse imune. Gratidão pelas manhãs de domingo, por me olhar como se eu realmente tivesse algo especial, como se eu tivesse algo a oferecer não a você, mas ao mundo. Eu daria tudo para me sentir um pouco como me sentia nessas manhãs, com a luz entrando tímida pela janela pequena  do teu quarto, o cheiro de comida vindo da cozinha e só eu e você, compartilhando todo amor possível. Gratidão, acima de tudo, por mostrar meu potencial, por acreditar em mim a cada dia que passou ao meu lado.
Agradeço a minha memória, por guardar cada beijo, cada carinho, cada choro, cada declaração e cada vez que o mundo parecia parar quando você me pegava para si, quando você me amava nada parecia importar, só nós dois, ali, eu sendo sua.
Para ser honesta, uma parte de você sempre vai viver em mim, e eu sempre vou lembrar muito bem.
O tempo parece voar, e a cada dia eu tenho mais medo de esquecer o seu cheiro, seu toque e como seu pé aquecia o meu no meio da noite. Esquecer como.voce acariciava meus medos e acalmava minhas angústias. E por isso estou aqui de novo, estou aqui para provar que você vai comigo para onde for, esse amor está empregnado em mim. O teu cheiro, tua voz, teu toque, todas sensações de borboletas no estômago que você me deu, os surtos de saudade, as noites de angústia esperando ouvir sua voz, quando você ia e voltava, quando eu voltava sozinha pra casa, quando você me beijou no cinema, quando segurou minha mão... Quando me tornou sua.
Então aqui estou de novo para dizer que você foi a coisa mais real que já senti e eu te amei com cada nervo do meu corpo, com cada sentimento do meu coração. Eu fui realmente sua.
Seja para onde eu for, ou com quem estiver, sempre lembrarei de como e porquê te amei. E o quanto tudo isso formou quem eu sou hoje e o que conheço e reconheço como amor.

Você foi o maior e mais lindo amor da minha vida. Sempre sentirei sua falta.