Esse é totalmente pra mim. Esse é pensando em como me consertar.
Esse texto é pra conseguir olhar para a vida por detrás dessa nevoa que insiste em se manter.
Esse texto é para dar adeus a toda dor, a toda angústia, toda saudade e vontade de correr sozinha sem rumo.
Esse texto é pra lembrar mais uma vez que eu amei até onde pude e ainda mais, que tudo em mim ainda será ele, mesmo que nele tudo tenha se perdido.
Eu estou soltando tudo, partindo minha promessa, me quebrando inteira e virando às costas para o passado.
Nunca achei que mais difícil que ir embora seria superar a constante vontade de querer voltar, de estar e ser. Tem um bolo bem no meio da minha garganta que dificulta a respiração, mas que eu quero desesperadamente vomitá-lo, colocar pra fora, me livrar. Esse bolo não me deixa viver em paz, não me deixa fazer planos, não me deixa passar um dia se quer sem chorar tudo que eu poderia.
A tristeza ronda, como uma velha amiga. Costumo todos os dias não achar uma saída e uma forma de fazer as coisas entrarem nos eixos, costumo deixar tudo isso para mim. é sempre mais fácil quando ninguém sabe. Tenho sido fraca, tenho cambaleado, segurado um peso maior do que consigo suportar.
Está na hora de me livrar. Está na hora de ser a última desistente, por mais que tudo em mim ainda queira morar. Por mais que meu corpo sinta que ali, naquela cama, naquele quarto, naquelas costas, naqueles olhos, ali é o meu lar. O meu lar, agora, é onde eu estou, não é alguém, alguma coisa, algum lugar, mas eu mesma. É difícil caminhar quando ainda segura tudo que não consegue, foi um amor que me completou tanto, mas me deixou no chão. É sempre mais difícil antes de realmente decidir seguir em frente. Foi procurando respostas que me encontrei, foi virando as costas para tudo que pude me ver, foi o meu melhor presente dentro de toda essa tempestade.
E eu sei, eu só preciso que ele seja feliz, muito feliz sem todo o peso que eu fui e seria.
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